domingo, 11 de outubro de 2009
D. Sebastião, rei de Portugal
(Fernando Pessoa)
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Pensamentos
É estranho mas uma dia você acorda e percebe o quanto o tempo voa, uma constatação um tanto quanto óbvia mas que ainda assim assusta muito. É terrivel olhar para o lado, para as rugas e os cabelos brancos de nossos pais que a cada dia se tornam mais nitidos e trazem consigo uma sensação antecipada de perda...Assusta olhar para as fotos antigas de família e ter certeza que a menininha cresceu e hoje é, ou pelo menos deveria ser, uma mulher responsável, madura, que sabe o que quer, mas será que sabe mesmo?E a tão sonhada liberdade que nunca veio? Sempre estamos presos a alguma coisa, seja ao dinheiro, seja ao trabalho...ninguém é livre pra fazer tudo o que tem vontade nem ao menos pra dizer, quantas vontades e sentimentos reprimidos carregamos conosco e eu me pergunto porquê?Porque ser "livre" custa caro, quando se faz o que se quer, quando não se pensa nas consequencias alguem irá pensar por voce, alguém lhe condenará ou por preconceito ou por inveja a verdade é que a "liberdade" incomoda, dói, agride, afasta...como disse, custa caro e ainda assim vale a pena, cada minutinho que se vive!Pecado, errado é perder tempo a julgar os outros, vivam suas vidas intensamente, valorizem as pessoas especiais e serão bem mais, muito mais felizes!
Carpie dien!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
sobre o amor...
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Rifa-se um coração

Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu..."...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta
Clarice Lispector
Clarice Lispector